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Com a crise que atravessamos, a pobreza vai aumentando. Como os sociólogos analisam, há uma degradação da situação mundial, sinalizada pelo caos nas grandes cidades, aumento da desigualdade e violência. A euforia da globalização da economia cedeu lugar à incerteza de seus resultados, pois é uma globalização sem solidariedade. Os ganhos não foram distribuídos e a riqueza se concentra nas mãos de poucos. Estão aí as favelas para recordar a realidade da miséria convivendo lado a lado, com o luxo e a tecnologia.
É patente o contraste entre a riqueza existente para poucos e a pobreza ou miséria da maioria. Vem a pergunta: o que faz com que os pobres não desistam e continuem lutando e esperando? Sem dúvida, a força dos pobres e excluídos vem do próprio Deus.
Enquanto a intelectualidade e o mundo econômico de certa forma já sepultaram Deus através do ateísmo prático, para os pobres, a existência de Deus se evidencia como última esperança. O filósofo francês Pascal escreveu: “crer não é pensar sobre Deus, mas sentir Deus”. Os pobres sentem Deus, o qual sustenta suas vidas em meio a tantas injustiças. A sobrevivência dos pobres em condições de vida precárias é um mistério que em última análise escapa às análises científicas.
As instituições antigas como a Igreja, sentem dificuldades em serem ouvidas, no sentido de propor uma ética da solidariedade, que possa impregnar toda a sociedade. Mesmo em meio às dificuldades, é dever da Igreja retomar o profetismo de Jesus de Nazaré. A Igreja não tem o direito de se omitir só porque é difícil ser ouvida, ou porque todos dizem não poder fazer nada.
Como João Batista ela tem que clamar no deserto. Se não clamar, as pedras clamarão, como diz as Escrituras.
A encarnação do filho de Deus, dá testemunho da solidariedade fundamental de Deus com os pobres. Deus envia seu filho e ele nasce pobre no meio dos pobres. Deus entrou na História humana revestido de pobreza. Em Jesus Cristo Deus se fez carente. Jesus inicia um duplo movimento: daqueles que tem ele exige que sejam solidários e dividam com os que não tem, por uma questão de justiça. Aos que não tem, aos injustiçados, concede a força dos pacíficos, para exigir justiça, combatendo o mal com o bem. Já não sofrem no desespero, mas na esperança da vitória garantida, pois, Deus está do lado dos excluídos.
O Evangelho de Mateus no capítulo 25 mostra-nos um Jesus-juiz bem diferente do pobrezinho que nasceu em Belém. Um juiz que julga após ter se esgotado o tempo da misericórdia. O critério último para o julgamento é o relacionamento com o pobre. O juiz dirá que estava oculto nos pobres da história. A pobreza, é fenômeno pluridimensional: ser pobre não é apenas ter fome, é ter também dificuldades para morar, cuidar da saúde e educar os filhos. Não esqueçamos que existe um vínculo entre a fé cristã e os pobres. Por isso a Igreja coloca-se “em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos pobres” (Papa Francisco , EG 97).
A exclusão social cresce, mas também cresce a consciência de que o “egotismo” não pode dominar o relacionamento humano, nem mesmo o econômico. Ao abrir mão de vantagens pessoais, em benefício da coletividade, todos acabam ganhando no conjunto, não somente o indivíduo. Não é fácil a evolução de uma consciência ética, que contemple o comunitário sobreposto ao individual. Porém, a Igreja tem que insistir nesta pregação, ajuntando a ela o bom exemplo. E é aí que entra o Vicariato da Caridade.
A Doutrina Social da Igreja não é uma pregação facultativa, mas faz parte do conteúdo da fé: “A religião pura diante de Deus é esta: socorrer os órfãos e as viúvas em aflição” (Tg 1,27). Nossa Diocese de Santo André propôs e tem como uma de suas metas no 8º Plano de Pastoral, criar o Vicariato Pastoral Para a Caridade Social.
O objetivo é articular a presença da Igreja como um todo, nas situações nas quais se exige de nós uma atitude concreta para sermos uma Igreja dos pobres contra a pobreza.
*Artigo de Dom Pedro Carlos Cipollini para o jornal Diário do Grande ABC