Paróquia Santa Joana d'Arc
Diocese de Santo André

Nossa História

O Decreto Episcopal para a ereção da Nova Paróquia de Santa Joana d’Arc em Vila Vitória é do seguinte sentido:Aos que este nosso decreto virem saudação, paz e benção no Senhor:

Fazemos saber que devido ao aumento da população de nossa Diocese, a multiplicação dos centros de vida espiritual que são as paróquias, a fim de que possam os fiéis frequentar a respectiva Matriz para nela receberam os Sacramentos e assistirem os Divinos Ofícios, deliberamos “AD REFERENDUM” aos consultores diocesanos e ouvidas as partes interessadas usando de nossa jurisdição ordinária e de conformidade de acordo com o Código de Direito Canônico, tendo em vista principalmente os canônes 1426 e 1427, havemos por bem criar e canonicamente exigir pelo presente decreto, a Paróquia amovível de Santa Joana d’Arc em Vila Vitória, Santo André, formada com territórios desmembrados principalmente da paróquia de Santo André e cujos limites constarão em folha anexa.

A nova Paróquia ficaria submetida à jurisdição e cuidado espiritual do pároco que para ela for nomeado e dos que canonicamente lhe sucederem o cargo.

A nova Paróquia ficaria submetida à jurisdição e cuidado espiritual do pároco que para ela for nomeado e dos que canonicamente lhe sucederem o cargo.

Mandamos que os habitantes da referida Paróquia que, tanto para o Reverendíssimo pároco, como para a fábrica da Igreja, contribuam religiosamente como os emolumentos e oblações que lhes sejam respectivamente devidos pelo Direito, pelos estatutos, leis e costumes da Diocese. Ordenemos outrossim, que funcione os párocos e seus legítimos sucessores, na Igreja de Santa Joana d’Arc, em Vila vitória, Santo André.
Esta igreja, por isso, gozará de todos os privilégios, insígnias, honras e distinções que em direito lhe conhecerem como a Igreja Paroquial. Pelo que dita Igreja concedemos pleno direito e faculdade para ter Sacrário em que se conserva o Santíssimo Sacramento. Com o necessário decoro, bem como a faculdade para estabelecer-se a Pia Batismal, ter os livros de Tombo de Assentamento de Batismo, de Casamentos e de Óbitos, abertos, rubricados e encerrados em nossa Cúria Diocesana e conservado no arquivo da cúria depois de completo.

Damos, portanto, por erigida e canonicamente constituída em nossa Diocese a Paróquia de Santa Joana d’Arc, cuja festa se há de celebrar, anualmente, com pompa e religioso esplendor.

Mandamos, outrossim, seja este nosso decreto lido num Domingo, à estação da Missa Paroquial na Igreja de nova Paróquia e das Paróquias com as mesmas delimitantes, seja integralmente transcrito no livro de Tombo de todas elas, bem como registrado no livro de criação da Paróquia da Cúria Diocesana.

Dado e passado em nossa Cúria Diocesana de Santo André, sob o Signa e Selo de Nossas Armas, subscrito, pelo Chanceler do Bispado, aos vinte e um dias de maio de mil novecentos e cinquenta e cinco.

De ordem de sua Excelentíssima Reverendíssima
Monsenhor José Bibiano de Abreu
Chanceler de Bispado

LIMITES GEOGRÁFICOS

O Decreto Episcopal assinado por Dom Cláudio Hummes e pela Chanceler Irmã Rejane Moehlecke, datado de 18 de dezembro de 1990 redefiniu os limites paroquiais, tal como permanecem, conforme o seguinte conteúdo:

Por meio deste decreto, ficam redefinidos os limites da Paróquia de Santa Joana d’Arc, Vila Vitória, em Santo André, como segue:
Partindo de Rua São Pedro com a rua Ibirapitinga, limita-se pela rua São Pedro, rua Cisplatina, rua Caiapós, rua Chui, rua Caquito, avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, avenida Dom Pedro I, rua Teixeira, rua do Amaro, rua Paulo Novais, rua Adriático, rua Alhambra, pela linha de transmissão da Eletropaulo, pela rua dos Bambus, rua das Hortências, rua Augusta, rua Rio Pardo, rua Paranapiacaba, rua Paula Nei, rua Jurubatuba, rua Paisandu, rua Ibirapitanga até a rua São Pedro, ponto de partida destes limites.

PÁROCOS E VIGÁRIOS

Em 21 de maio de 1955 foi nomeado por Dom Jorge Marcos de Oliveira, o primeiro Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. Giuseppe Teodoro Giulianotti.
Durante algum tempo foi alugada uma casa em frente à igreja, para servir de casa paroquial. O Padre Teodoro, as vezes, fazia suas refeições na residência de paroquianos.

No dia 5 de maio de 1957, foi lançada a pedra fundamental da casa paroquial, para qual se mudou em 14 de setembro do ano em questão. Permaneceu na paróquia até o dia 28 de novembro de 1957.

No dia seguinte, 29 de novembro de 1957, foi nomeado o segundo Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. José Nasser, que por doença, em janeiro de 1958, renunciou, ficando vaga a Paróquia até maio. Neste período alguns padres de outras paróquias, vinham celebrar missa aos domingos e dias santos.

  • Em 16 de maio de 1958 foi nomeado Vigário substituto o Pe. Azurem Ferreira Pinto.
  • Em 4 de junho de 1958 foi nomeado Vigário substituto o Pe. Leonardo Refiski.
  • Em 1 de agosto de 1958 foi nomeado o terceiro Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. Leonardo Refiski.
  • Em 3 de janeiro de 1962 foi renovada a provisão de Vigário Ecônomo do Pe. Leonardo Refiski.
  • Em 26 de maio de 1962 tomou posse o quarto Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. João Doswaldo, que ampliou a igreja.
  • Em 12 de julho de 1962 o Pe. João Doswaldo recebeu uma licença para instalar um salão com provisão de Capela, na Vila Luzita, tendo como patronos Santa Luzia e Nossa Senhora do Rosário, podendo ministrar no local os sacramentos e celebrar a Santa Missa.
  • Em 4 de abril de 1966 foi nomeado o quinto Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. Antônio Amélio. Por motivos de saúde, após aproximadamente dois anos a frente da paróquia, pediu a Dom Jorge Marcos de Oliveira para transferi-lo para Paranapiacaba.
  • Em nove de fevereiro de 1968 foi nomeado o sexto Vigário Ecônomo (Pároco) o Pe. Franco Masiero. Respeitando o pedido do seu antecessor, esperou a saída deste para tomar posse. Em 15 de março de 1975 foi nomeado Vigário Episcopal da região leste.

No mês de julho de 1982 a Paróquia Santa Joana d’Arc foi entregue nas mãos do Sr. Bispo, devido o afastamento do Pe. Franco para concorrer a cargo eletivo na Câmara Municipal de Santo André.

  • Em 30 de julho de 1982 foi nomeado o sétimo Vigário Ecônomo (Pároco), Pe. José Ailton Teixeira, nomeado por Dom Cláudio Hummes.
  • Em 20 de fevereiro de 1985 foi nomeado já como a nomenclatura de Pároco, o Pe. Olegário Araújo dos Santos, sendo este o oitavo.
  • Em 4 de abril de 1986 foi nomeado o nono Pároco, o Cônego Walfrides José Praxedes. Na mesma data foram nomeados vigários paroquiais: Pe. Décio Dias Mirândola e Marival Domingos Pansarello.
  • Em 21 de março de 1987 foi nomeado o décimo Pároco, o Pe. Marival Domingos Pansarello, que permaneceu na paróquia até agosto de 1989.
  • Em 4 de agosto de 1987 foi nomeado vigário paroquial o Pe. Jesus Carlos delgado Garcia.
  • Em 05 de agosto de 1987 foi nomeado vigário paroquial o Pe. Angel Arroyo Gómez.

  • Em 19 de agosto de 1989 foi nomeado e empossado como administrador paroquial o Pe. Argemiro Gordiano de Sá.
  • Em 18 de dezembro de 1991 foi nomeado o décimo primeiro Pároco o Pe. Argemiro Gordiano de Sá, sendo dispensada a posse, devido o mesmo já ter sido empossado anteriormente como administrador.
  • Em 18 de dezembro de 1997 foi renovada a provisão de Pároco do pe. Argemiro Gordiano de Sá.
  • Em 1 de fevereiro de 2003 foi nomeado Vigário Paroquial o Pe. Cristiano Marmelo Pinto, permanecendo até agosto de 2004.

Em outubro de 2005 foi nomeado Vigário Paroquial o Pe. Jadilson Jardim Pinheiro, no entanto, se mudou definitivamente apenas no dia 21 de dezembro de 2005 e permaneceu até o fim do ano de 2006, pois teve de assumir junto ao Padre Pedro a Igreja Nossa Senhora da Paz. Neste mesmo período veio para nossa Paróquia o Padre Décio Dias Mirândola, que foi nomeado Vigário Paroquial da mesma.

O Padre Argemiro ainda em exercício, como Pároco, encerrou sua jornada na terra no dia 04 de março de 2008, deixando um vazio na comunidade. Com isso, em 14 de maio de 2008 foi nomeado Administrador Paroquial o Pe. Décio Dias Mirândola.

  • No dia 30 de dezembro de 2010 o Pe. Décio Dias Mirândola foi nomeado Pároco pelo bispo Dom Nelson Westrupp e permaneceu até 10 de junho de 2020.
  • ​No dia 11 de junho de 2020 tomou posse como Pároco o Pe. Renato da Silva Fernandez, nomeado pelo bispo Dom Pedro Carlos Cipollini. 

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

A capela, a primeira imagem e associações
Em 1946, Alexandre Zirlis, mandou construir uma capela na Vila Vitória, em terreno por ele doado, dedicada à Santa Joana d’Arc, de origem francesa, mesma nacionalidade que ele e também de sua esposa Charlote Genest Zirlis. Joana d’Arc era guerreira, daí o nome do bairro: Vila Vitória. A imagem pioneira e venerada, foi trazida da França e a primeira missa foi celebrada em 28 de setembro de 1947, pelo Pe. José Foscalo, na época pároco da Matriz de Santo André. Foi entregue a Antonio Fernandes Cattaneo a chave da capela, que permanecia fechada durante a semana e no domingo, logo cedo, ele abria e preparava tudo para a missa. Foi absorvido o esforço e muita fé de pioneiros anônimos, que deram seu trabalho e dedicação, na época verdadeira periferia, junto às matas, a fim de que o Senhor se designe de conservar e aumentar o seu rebanho, dando-lhes sempre maior espírito apostólico para cumprir a missão de cristãos.
Havia nesta capela cinco associações religiosas: a Congregação Mariana, a Pia União das Filhas de Maria, o Apostolado da Oração, a Cruzada Eucarística e a Associação dos Vicentinos.
Sendo capela e por não ter a casa paroquial, ficou a cargo dos padres da Matriz de Santo André, celebrarem missas aos domingos, entre eles: Pe. Francisco Dondi, 1949, Pe. Hugo Fent, 1950, Pe. Maximiliano Senavil, 1951, Pe. Pedro Cilotto, 1952/53, Pe. Horácio Capelari, 1954.
Muitos moradores do recente bairro e de bairros adjacentes colaboraram para as obras da capela, evangelização e do engrandecimento da comunidade até ser erguida PARÓQUIA por decreto assinado pelo Chanceler Monsenhor José Bibiano de Abreu.

INSTALAÇÃO SOLENE DA PARÓQUIA SANTA JOANA D´ARC

No dia 29 de maio de 1955, com a presença de autoridades civis e religiosas e grande massa popular, foi solenemente instalada a Paróquia de Santa Joana d’Arc.

As 16h30 foi iniciada a cerimônia, oficiando o ato, o Monsenhor José Bibiano de Abreu, Chanceler e Vigário Geral do Bispado, representando Dom Jorge Marcos de Oliveira, que se achava enfermo na ocasião.
Nas escadarias da matriz (Paróquia Santa Joana d’Arc) foi lido o decreto que criou a nova paróquia, bem como a nomeação do seu primeiro Vigário Ecônomo, Padre Teodoro Giulianotti, seguindo a cerimônia de posse no interior da igreja.
No decorrer da cerimônia o Monsenhor Bibiano saudou o Padre Teodoro e teceu comentários sobre as necessidades da criação da Paróquia. Posteriormente, o empossado Vigário agradeceu as manifestações recebidas e aproveitou o momento para solicitar o apoio de seus paroquianos para a realização dos trabalhos a serem feitos.
Entre as autoridades presentes, o vereador Benedito de Castro, falou em nome da Paróquia, disse estar feliz por ser membro desta, além de ratificar a necessidade de apoiar o vigário para o desenvolvimento da comunidade paroquial.
Em nome da comissão da Paróquia, o Sr. Antonio de Angelis, agradeceu primeiramente o bispo por ter realizado o desejo do populoso povo do bairro, elevando a categoria de Paróquia a até então capela. Na sequência expressou gratidão ao Dr. Zirlis que tanto colaborou para que tudo acontecesse e por último congratulou as autoridades eclesiais e municipais, representadas respectivamente pelos missionários de São Carlos, diversos sacerdotes e pelo prefeito, presidente da câmara e vários vereadores.
As festividades foram abrilhantadas pela corporação musical da igreja Santo André.

ROUBO DOS SINOS

Apenas um mês após a “instalação” da Paróquia, na noite do dia 28 para 29 de junho de 1955, festa de São Pedro e São Paulo, ladrões quebraram a porta externa da sacristia e tiraram os pinos da porta que dava acesso a igreja.
Subiram pelo campanário e tiraram os dois sinos: um pesava 45 kg e o outro 20 kg, sendo estes da marca Ligervute.
Na manhã do dia 29 de junho, o vigário percebeu o ocorrido e alertou a polícia, que apesar de empreender esforços nas investigações, não obteve resultado. Considerando os acontecimentos, foi feita uma coleta para aquisição de novos sinos.

A PRIMEIRA QUERMESSE

E ocasião da quermesse da quermesse que foi feita pela primeira vez no largo da Matriz de Santa Joana d’Arc, foi lançado o seguinte manifesto:

De 13 de agosto a 18 de setembro de 1955
Grandiosa Quermesse
No largo da Matriz de Santa Joana d’Arc
Em Vila Vitória

O Vigário da Paróquia, os festeiros e a comissão paroquial, tem a grata satisfação de convidar todos os paroquianos e fiéis em geral, para tomarem parte na grandiosa quermesse, que terá lugar no largo da Matriz de Santa Joana d’Arc, em Vila Vitória, Santo André, entre os dias 13 de agosto e 18 de setembro de 1955, cujo saldo será empregado na construção da casa paroquial ou outras obras de grande necessidade.

Programa foi o seguinte:

Dia 13 de agosto – As 20 horas abertura da quermesse pelos senhores paraninfos, com a presença de autoridades municipais.
Nos dias 14, 15, 20, 21 e 28 de agosto, e 3, 4, 10, 11 e 17 de setembro – Função todas as noites.
Dia 18 de setembro – As 5 horas, alvorada, as 6 horas Santa Missa e comunhão geral de todas as associações religiosas da paróquia, as 8 horas Santa Missa das crianças e as 10 horas Santa missa cantada pelo coro da Catedral. Logo após a Missa, leilão de prendas, as 16 horas importante procissão com o andor da padroeira e na entrada da mesma, na escadaria da igreja, um discurso do vigário, terminando com a Benção do Santíssimo Sacramento, e em seguida a última noitada da quermesse.

As esquipes da quermesse foram divididas da seguinte forma:

Festeiros
Alexandre Zirles, Amalio Gazzelli, José Benedito de Castro, Aberico Paiva, José Antonio Siqueira, Silveirato Meirelles, Gico Bechelli, Nevio de Souza, Joaquim R. Chagas, Américo Furtini, João Monteiro, Carlos Baraldi, Irene Pastorelli, Luis Durante e Benedito de Lima.

Barraca de Santa Joana d’Arc
Paraninfos: Herman Shimidt e família.
Churrasco, quentão e bebidas: Joaquim Chagas e Nevio de Souza.

Barraca do Sagrado Coração de Jesus
Paraninfos: Santo Baltierie e família.
Roleta: A cargo do Apostolado.

Barraca São Luis
Paraninfos: Deputado Fioravante Zampol e família.
Cavalinhos: A cargo dos Congregados Marianos.

Barraca Santa Inês
Paraninfos: Rubens Didone e família.
Roleta: A Cargo da Pia União das Filhas de Maria.

Músicas, fogos de artifícios, luzes, diversos atrativos e a da direção geral da quermesse, ficaram sobre a responsabilidade da comissão paroquial.

Benção de Imagens doadas

Obtida a provisão pela Cúria Diocesana de Santo André, foi benta pelo pároco dia 25 de setembro de 1955, a estátua de Santa Filomena, doada pela Sra. Cattaneo. O deputado Fioravante Zampol foi um dos paraninfos.
No domingo seguinte, dia 2 de outubro de 1955, foram bentas as imagens de São Miguel Arcanjo, doada pela família Pelegrini e do Sagrado Coração, doada pela Dona Zuleica Baraldi.

Pintura da igreja

No dia 22 de novembro de 1955 foi finalizada a pintura da igreja, que o deputado federal Fioravante Zampol mandou fazer.

ROUBO DOS CASTIÇAIS E CRUCIFIXO

Na noite do dia 15 de maio de 1956, ladrões entraram pela janela da igreja e roubaram quatro castiçais e crucifixo de bronze, também levaram três cofres, livros e terços. A polícia técnica de São Paulo foi acionada, no entanto não obteve êxito na investigação.
Solenidade de Santa Maria Goretti na Paróquia de Santa Joana d’Arc

No dia 8 de julho de 1956 foi celebrada com grande solenidade a festa de Santa Maria Goretti, protetora com Santa Inês, das filhas de Maria.

A procissão com a imagem da Santa, doada pelo Sr. Josias de Souza, saiu da casa deste, situada na Vila Cecília Maria, até chegar no jardim da Vila Pires, encontrando-se com outra procissão. No largo o Pe. Teodoro benzeu a nova imagem e prosseguiu até a Paróquia Santa Joana d’Arc, onde encerrou a cerimônia com benção eucarística.

A VISITA DO BISPO AUXILIAR DE PARIS

No dia 2 de setembro de 1956 o Bispo Auxiliar de Paris Vossa Exma. Revma. Monsenhor Brounpond, visitou a Paróquia, declarando sua devoção pela Santa, visto que além de Francês, era natural de Lorein.

Declarou imensa satisfação de achar uma igreja dedicada a Santa Joana d’Arc, padroeira da França, em terra brasileira.
Aproveitou a oportunidade para visitar a Rhodia de Santo André e falar com a colônia francesa na rádio 9 de julho em São Paulo.

AUMENTANDO A POPULAÇÃO LOCAL

Em janeiro de 1957 foi iniciada a venda dos lotes da Vila Junqueira, ao redor da Paróquia.
O Padre Teodoro empreendeu esforços, fazendo propaganada para que os lotes fossem vendidos, tendo em vista povoar a região. Seus esforços deram frutos, visto que os primeiros lotes vendidos foram de pessoas enviadas por ele.

PEREGRINAÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Em 1957 uma imagem de Nossa Senhora Aparecida peregrinou pelas Paróquias da Diocese de Santo André.
O Vigário Ecônomo e algumas Filhas de Maria foram buscar a Imagem na Igreja Santo Antônio, Vila Alpina em Santo André. Nossa Senhora Aparecida foi triunfalmente recebida no Jardim da Vila Pires, sobre um caminhão bem enfeitado e iluminado, chegando a Paróquia Santa Joana d’Arc no dia 23 de fevereiro, onde o Bispo Diocesano fez um belo discurso de recepção e apresentação.
Durante o período em que a imagem esteve na Paróquia, houve diversas procissões pela Vila Pires, Helena, Luzita e Cecília Maria.
No dia 14 de abril, domingo de Ramos, marcou o dia da despedida da Imagem, que apesar de simples, foi singela e comovente.
A Imagem foi levada em um carro enfeitado pelo paroquiano Julio Milany.

ALICERCE E PEDRA FUNDAMENTAL DA CASA PAROQUIAL

No dia 29 de abril de 1957 foi aberto o alicerce da Casa Paroquial por Pedro e Sebastião Rella (pai e filho), moradores da Vila Vitória, quase em frente à igreja.

Com uma simples, porém comovida função religiosa, no dia 5 de maio de 1957 foi colocada a pedra fundamental da Casa Paroquial. Estavam presentes, o Bispo Dom Jorge Marcos de Oliveira, Pedro Dell’Antonia, prefeito de Santo André, o Sr. Alexandre Zirlis, grande benfeitor da Paróquia e grande multidão do povo de Deus.

O Vigário Ecônomo, Padre Teodoro Giualianotti, benzeu a pedra e proferiu aproximadamente as seguintes palavras:

“Acabamos de levantar a Deus nossa oração, para que, Ele que é o princípio de todas as coisas, há de nos ajudar a conduzir a um bom fim, essa obra em seu nome iniciada.

Hoje aqui, alegremente se levanta mais uma casa pelo progresso do nosso bairro, mais do que isso, se levanta a casa de um povo, de um pai que vigia como Bom Pastor suas ovelhas, sacrifica-se por elas, guiando-as as pastagens eternas.

Aqui pulsa um coração que amará sempre o seu povo, que rezará, aconselhará, repreenderá, mas sempre no amor de Cristo.
Vamos unir todos os esforços necessários para que surja o mais cedo possível, esta casa, para a Glória de Deus, para nossa honra e orgulho”.

Com grande ajuda da comunidade a casa paroquial ficou pronta. Em 14 de setembro de 1957 o Pe. Teodoro mudou-se para ela, no entanto ainda faltavam alguns detalhes, como o reboco de alguns cômodos, vidros e grades de proteção nas janelas e os tacos, porém tudo isso foi concluído até o dia 23 de novembro de 1957, quando foi com a colocação dos pisos no dia 23 de novembro 1957.

INSTITUIÇÃO DAS AULAS DE CATECISMO E AS PRIMEIRAS TURMAS QUE RECEBERAM O SACRAMENTO

No ano de 1958 o Padre Leonardo Refiski logo após ser empossado como Vigário Ecônomo, instituiu aulas de catequese aos domingos.
O catecismo era ministrado pelo próprio Vigário e diversas catequistas. O número de crianças sendo preparadas para a Primeira Comunhão era de aproximadamente 250 naquele ano.

Na Santa Missa de Natal do ano de 1958 comungaram 68 crianças e da mesma forma ocorreu nos anos seguintes. Em 1959 foram 82 crianças, em 1960 comungaram 120, em 1961 o número havia aumentado consideravelmente, chegando a ser de 169 neocomungantes.

Em 1960, tendo em vista o aumento do número de crianças, vieram para auxiliar na catequese as irmãs do Colégio Padre Capra.
Com a vinda das irmãs o horário da catequese foi alterado, passando a ser 8h30, ficando as crianças para participar da Santa Missa das 9h30.

A Santa Missa das 9h30 passou a ser dirigida por uma das irmãs, sendo considerada a “missa das crianças”, estas passaram a participar ativamente da celebração, fazendo com a frequência fosse entre 350 a 400 crianças todos os domingos.

REFORMAS DE 1961

Em 1961 foi o ano de muitas melhorias no que tange a edificação. Foram construídos mais de 220 metros lineares de muro, assim cercando todo o perímetro pertencente à Paróquia.

No mesmo ano, foi feito o piso da calçada, a casa paroquial recebeu novo reboque, cerâmica no piso da entrada principal.

MISSAS CAMPAIS, CONSTRUÇÕES NA VILA HELENA E VILA LUZITA

No ano de 1959 foi suspensa a celebração das 10h na paróquia, com a finalidade de serem celebradas missas vespertinas campais na Vila Helena.

No mesmo ano, com a ajuda dos moradores da Vila Helena, comprou-se um terreno para a instalação de uma futura paróquia, hoje Nossa Senhora da Salete.

Ficou por responsabilidade do Padre Leonardo Refiski, Vigário Ecônomo da Paróquia Santa Joana d’Arc, a construção das igrejas da Vila Helena e Vila Luzita.

UMA NOVA DEVOÇÃO

Com a vinda do Padre João Doswaldo para a paróquia, foi introduzida uma nova devoção, a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Sendo realizada a primeira novena no dia 5 de junho de 1962, nos horários das 7h30, 15h e 19h30. Além da novena foi celebrada uma missa as 19h em intenção de todos os “associados” desta.

Com o passar do tempo, a novena a Nossa senhora do Perpétuo Socorro, passou a ser a mais querida devoção dos paroquianos.

PROJETO RONDON

Em 1974 em convênio com a Prefeitura de Santo André e a faculdade medicina ABC, foi locado um imóvel ao lado da casa paroquial para a “instalação” do Projeto Rondon, que criado em Criado em 11 de julho de 1967, durante a ditadura militar, tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com atividades assistenciais a comunidades carentes.
O projeto atrelado à comunidade paroquial procurou atender as necessidades médicas das famílias carentes da região. Os atendimentos eram feitos após triagem da equipe de assistência social da paróquia, que encaminhava conforme real necessidade aqueles que precisassem de exames, medicamentos, consultas e até internações.

Devido divergências entre a faculdade e prefeitura, após 2 anos de árduo e frutuoso trabalho o consultório acabou sendo fechado.

AMPLIAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES

Na administração do Padre Franco Maziero, houve mudanças na parte construtiva da paróquia e salão paroquial, considerando a necessecidade de melhor servir o povo do local.

Com o apoio e extremo empenho de toda a comunidade, na realização de bailes, quermesses, rifas, campanhas diversas e carnês. Assim foi possível arrecadar fundos que possibilitassem a execução das obras, além da aquisição de dois terrenos atrás da paróquia.
Em 1968 ocorreu a primeira ampliação da casa paroquial, passando de quatro cômodos para sete e posteriormente para onze cômodos no ano de 1973.

Em 1969 o salão paroquial foi ampliado, passando de 120 m² para 600 m² e posteriormente para 900 m² no ano de 1974.

PEDRA FUNDAMENTAL DA IGREJA

Na presença de autoridades municipais e estaduais, na festa de Santa Joana d’Arc de 1971, foi lançada a predra fundamental da nova construção da igreja.

A pedra fica situada abaixo do presbitério, juntamente com um cano contendo jornal, moedas e coisas da época.
Em dezembro de 1971 foi celebrada a primeira missa na nova construção, já coberta e rebocada.

Assim como na pedra fundamental, a inauguração da paróquia deu-se na festa de Santa Joana d’Arc do ano de 1974. A igreja já estava totalmente acabada, com torre e respectiva gruta de Nossa Senhora de Lourdes.

GRUTA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES

A motivação para a construção da gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, nasceu na época de seminário, onde o Padre Franco Maziero realizou sua formação, visto que lá havia uma.

Considerando a beleza da gruta do seminário, o Padre Franco procurou saber quem havia feito a mesma. Conseguindo o nome do construtor, procurou-o e contratou seus serviços, para assim construir a almejada gruta.

A CONSTRUÇÃO DA IGREJA DO JARDIM DO ESTÁDIO

Em 1976 a Paróquia Santa Joana d’Arc assumiu a capela do Jardim do Estádio, hoje Paróquia Nossa Senhora da Paz. Neste período a comunidade em questão possuía uma capela de madeira com aproximadamente 50 m², onde se celebrava uma missa por mês.
Logo em que o Vigário Ecônomo (Padre Franco) assumiu a referida capela, as missas passaram a ser todos os domingos.
Tendo em vista as necessidades da comunidade local, foram feitas reuniões para estabelecer novas diretrizes de trabalho e motivar os fiéis para a construção de uma nova edificação.

Para arrecadar fundos para a construção da até então capela, foram realizados bailes aos sábados na Paróquia Santa Joana d’Arc, onde os fiéis do Jardim do Estádio trabalharam arduamente.

Após catorze meses de muita luta a igreja do Jardim do Estádio foi concluída e após a uma bela cerimônia de inauguração foi entregue a diocese (Dom Cláudio Hummes) para que nomeasse um Vigário Ecônomo para o local.
Com a posse do Padre Pedro Lazarin, as responsabilidades com a comunidade cessaram.

DESATIVAÇÃO DOS BAILES DO SALÃO PAROQUIAL

Em 1978 Dom Cláudio Hummes solicitou a desativação dos bailes realizados no salão paroquial, contudo, a solicitação foi plenamente atendida apenas em 1979 quando o salão foi locado, transformando-se em uma “escolinha”.
No ano de 1981, devido o não comprimento do contrato, cancelou-se a locação.

MISSA ATRAI 600 PESSOAS EM PLENA SEGUNDA-FEIRA

Segundo matéria publicada em 25 de agosto de 1992 pelo jornal “Diário do Grande ABC”, a comunidade que havia adotado a corrente carismática católica, tendo como presidente da celebração o Padre Argemiro Gordiano de Sá, conseguia em plena segunda-feira atrair cerca de 600 pessoas de diversas localidades.

MISSÕES REDENTORISTAS

No ano de 1998 ocorreu na região as missões redentoristas.

No levantamento feito verificou-se que havia 2.400 famílias católicas, 840 não católicas e 10.450 pessoas da comunidade. Foi executado na ocasião um grande projeto de evangelização.

JUBILEU DE OURO DA PARÓQUIA

No ano de 2005 foi comemorado o Jubileu de Ouro da Paróquia, estando presentes diversas autoridades civis além de ser presidida pelo bispo diocesano Dom Nelson Westrupp e concelebrada por diversos padres.

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

A comunidade teve a possibilidade de celebrar o jubileu de prata de dois párocos, sendo o primeiro no ano de 1996, do Padre Argemiro Gordiano de Sá e o outro do Padre Décio Dias Mirândola no ano de 2010.

UM EMOCIONANTE ADEUS!

Após um longo tratamento e sofrimento causado pelo câncer, embora tenha enfrentado com coragem, fé e um característico e salutar bom humor, Padre Argemiro Gordiano de Sá faleceu às 10h20min do dia 4 de março de 2008, no Hospital Antonio C. Camargo, em São Paulo. O atestado de óbito declarou morte por choque hemorrágico, varizes de esôfago sangrantes, cirrose hepática, infecção pelo vírus da hepatite C, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade.

Após o corpo do Padre Argemiro ser liberado do hospital, sendo retirado pela empresa Ossel, chegou na Paróquia Santa Joana D’Arc às 18h e foi velado durante toda noite. Durante o período noturno, as 18h, foi presidida uma celebração pelo Padre José Pedro Teixeira e posteriormente, as 20 h, pelo Padre Antonio Francisco da Silva e concelebrada pelo Padre Cristiano Marmelo Pinto e Odair Gonçalves Bezerra.

No dia 5 de março às 3 h a celebração foi presidida pelo Pe. Décio Dias Mirândola e as 9h pelo Bispo diocesano Dom Nelson Westrupp, contanto com a presença de familiares, amigos, muitos sacerdotes e seminaristas, além da comunidade, que com grande tristeza se despedia daquele que com grande amor se dedicou como verdadeiro pastor a suas ovelhas.

Foi sepultado no cemitério Jardim da Colina em São Bernardo do Campo, às 11h45min do dia 05 de março de 2008 após encomendação e despedida feita por Dom Nelson. Todas em clima de forte emoção.

Padre Argemiro deu um testemunho singular de carisma no trato com as pessoas, sobretudo as mais humildes, desprovidas de amor e esperança, as que possuíam doença tanto no corpo quanto na alma. Como um bom Pastor, reconduzia as ovelhas para o rebanho, carregando-as, com carinho, nos ombros. Era caridoso, não deixava que ninguém, merecendo ou não auxilio, saísse de mãos vazias. Foi para este povo, um verdadeiro Pai.

Quem sempre nos ensinou a pedir a Deus os três S: “santidade, sabedoria e saúde, gravou nos corações de todos os que o amavam, mais um S: “saudade”.

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